segunda-feira, 23 de junho de 2008

Resenha do Kurumin NG 8.06 (Nova Geração)



Experimentei recentemente o Kurumin NG 8.06, a nova versão da já bem conhecida distribuição Kurumin, que se encontrava na geladeira desde janeiro do ano passado. Originalmente baseado no projeto Knoppix, o Kurumin dessa vez passou a ter como base o Ubuntu, ou melhor o Kubuntu, devido a sua facilidade de uso e grande disponibilidade de pacotes.

Se na versões anteriores o projeto era tocado por Carlos Morimoto, agora ele se encontra com Leandro Santos, mantenedor do falecido Kalango Linux. A sigla NG, de Nova Geração, vem para celebrar esse fusão da dupla. A versão 8.06, vem para acompanhar a terminologia do Ubuntu com ano.mês, embora também combine com a incrementação de versão já adotada anteriormente pelo Kurumin, cuja última versão fora a 7.

Todos os testes que realizei foram executando o Kurumin como Live-CD. As máquinas, bem variadas, foram um desktop Dell Precision 390, processador Intel Core2duo, um outro desktop Dell Optiplex 650, Intel Pentium 4, um notebook Dell Latitude D810, Intel Pentium M e um notebook HP Pavillion zv6000, AMD Athlon 64. Exceto pela primeira com 4GB de RAM, todas as demais máquinas possuiam 1 GB.

No boot encontramos uma tela bem parecida com a da inicialização do cd do Ubuntu, exceto pelo logo e pelas opções de línguas que se resumem a português e inglês, um erro na minha opinião, pois acho que o espanhol merecia ser incluído. O tempo de boot, para um live cd foi razoável, e o desempenho do sistema carregado foi satisfatório.

Sistema iniciado, encontramos um desktop padrão do KDE 3.51 com uma série de programas padrão-ubuntu instalados, como firefox 3.0 RC1, openoffice e etc, ou seja, nada muito novo. No desktop encontramos a marca clássica do Kurumin, os Ícones Mágicos, um sistema de instalação e desinstalação de programas criado por Morimoto, visado auxiliar a vida do usuário iniciante. Não testei a instalação nem remoção de nenhum programa para saber como o mesmo estaria se comportando e principalmente para saber como o mesmo se encontrava convivendo com o sistema de gerenciamento de pacotes padrão.

Uma coisa que eu gostei, e muito, foi o fato do Kurumin já trazer de cara todo um conjunto de codecs pré instalados. De cara, já consegui escutar arquivos no formato mp3, wma assim como assistir vídeos em divx, xvid, quicktime, flv entre outros. O player padrão do Kurumin é o Kafeine e o único problema ao tentar executar um arquivo RMVB o sistema passa a mostrar continuamente uma mensagem de erro do Kaffeine de que o codec já fora instalado seguida de outra de que ouve um erro na "inicialização das bibliotecas drvc.so". As mensagens surgem repetidas vezes na tela, sendo necessário abrir o konsole e dar um killall kaffeine e um killall install-codecs

O único problema sério da versão ocorreu mesmo ao entrar em configuração do sistema, opção ferramenta de redes, onde o sistema começava a exibir continuamente uma mensagem informando que a plataforma não é suportada. Na mesma janela havia uma caixa onde era pedido para selecionar a plataforma onde o sistema estivesse sendo executado. Nessa mesma janela havia uma mensagem clara de que a escolha da plataforma errada seria comprometedor para o desempenho e funcionamento do sistema.

Olhando a lista de plataformas disponíveis, não havia o Kurumin, sendo o mais próximo o Kubuntu 8.04. Acredito que a equipe de desenvolvimento poderia ter se preocupado em incluir o Kuruma nessa lista, ou melhor, fazer com que a mesma não fosse mostrada, de modo a não assustar alguns usuários.

O resultado final foi razoável. Acredito que se a equipe mantiver em mente esse objetivo de não criar uma distro nova e sim uma distro que seja o Ubuntu pronto para o usuário brasileiro típico, eles estarão sem sombra de dúvidas no caminho certo!

imagem retirada do sítio oficial do projeto:
http://www.gdhpress.com.br/kurumin-ng/

terça-feira, 17 de junho de 2008

Ubuntu 8.04 - Lentidão ao acessar drive de DVD IDE-PATA

Após a instalação do meu Ubuntu 8.04 passei a notar uma demora no acesso ao meu drive de dvd dentro do Ubuntu 8.04. Em um primeiro instante pensei se tratar de um problema no drive, porém ao iniciar pelo 7.10, que ainda permanecia instalado em uma outra partição, confirmei se tratar de uma falha de software.

Através do software hdparm, verifiquei uma diferença brutal na taxa de acesso dentro de um para o outro, estando a velocidade no 7.10 20x maior do que no 8.04. Durante esses testes notei algo curioso, meu drive dvd que é IDE e que era reconhecido como hdc no 7.10 estava sendo reconhecido como scd0 no 8.04. Esse diferença na nomeclatura ainda será assunto nesse blog, provavelmente no próximo post.

Após uma grande pesquisa pelo google, acabei por encontrar a solução para o meu problema no fórum ubuntuforums.org em uma mensagem do usuário joshrobinson, que teve um problema semelhante ao meu no dia 30 de março e acabou por encontrar a causa, e por consequência a solução, do problema nos módulos do initramfs.

Eis os passos que ele seguiu:

primeiro ele abriu o arquivo de configuração do initramfs-tools, através do comando:

sudo gedit /etc/initramfs-tools/modules


nesse arquivo, que provavelmente estará todo comentado, ele inseriu as seguintes linhas:

pata_atiixp
blacklist ata_generic


Por fim, ele recriou a imagem do initramfs com o comando:

sudo update-initramfs -u


Depois disso, bastou reiniciar o pc para o drive de dvd funcionar corretamente.

Para você que não sabe do que se trata o initramfs e ficou curioso, podemos dizer de maneira simplória, que se trata de uma imagem básica, que é montada pelo kernel após o seu carregamento. Nessa imagem se encontram os módulos necessários para se montar o dispositivo onde se encontra a partição raíz e efetivamente dar inicio ao processo init.

domingo, 15 de junho de 2008

Ubuntu 8.04: Instalando Oracle Database 10g Express

Recentemente estive a experimentar em minha máquina o Oracle Database 10g Express. Para quem não conhece, esta é uma versão gratuita, distribuída sobre a licença OTN. Esse é um banco de dados completo, porém com determinadas limitações como máximo de 4GB de dados, suporte a apenas 1 execução por processador e apenas 1 processador por máquina, entre outras especificadas na licença. A distribuição é feita pela própria Oracle em em seu sítio na internet. Lá é possível encontrar os binários para linux, em pacotes deb e rpm, e para windows.

O pacote possui algo em torno de 250MiB e sua instalação pode ser feita através do Instalador de Pacotes Gdebi. O importante é após a instalação você execute o seguinte comando como root:

$ sudo /etc/init.d/oracle-xe configure

Esse comando irá iniciar um assistente de configuração do Oracle Express em modo texto. O mesmo é bem simples e pede apenas que se responda a quatro perguntas.

A primeira pergunta é a respeito a porta a ser utilizada pelo Oracle Application Express, uma interface web por onde você irá fazer todo o gerenciamento do Oracle. Por padrão a porta escolhida é a 8080.

A segunda pergunta é sobre a porta para o listener do banco de dados, que por padrão é a 1521.

No terceiro passo será pedido uma senha inicial. É através desta que você irá se logar no OAE, junto com o usuário sys ou system. Após digitada a senha será pedida a sua confirmação.

Por fim a última pergunta é se o serviço do Oracle será iniciado ou não durante o boot do sistema.

Respondida essa última pergunta, o programa de configuração irá demorar alguns instante para configurar e iniciar o serviço. Terminado o processo bastará você abrir o firefox e acessar o endereço: http://127.0.0.1:8080/apex. Através dessa tela você poderá desempenhar todas as funções administrativas referentes ao banco de dados como gerenciamento de usuários, tablespaces, objetos etc.

As demais opções do Oracle Express, você irá encontrar no menu Aplicações, Oracle Database 10g Express Edition. Uma documentação completa sobre o Oracle você pode encontrar localmente no endereço http://127.0.0.1:8080/apex/wwv_flow_help.show_help?p_flow_id=4500&p_step_id=1000 ou então online no sítio da própria Oracle.

Um detalhe importante: caso você precise acessar o banco de dados ou mesmo iniciar o serviço será preciso que o seu usuário do sistema faça parte do grupo dba. Para incluir seu usuário nesse grupo, basta ir ao menu Sistema, Administração em seguida Usuários e Grupos. Na tela que se abre, clique em desbloquear e em seguida Gerenciar Grupos. Na tela de configuração dos grupos, procure pelo dba, clique em propriedades, e na caixa usuários do grupo marque o seu usuário.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Ubuntu 8.04: Desabilitando e Removendo Pulseaudio

Uma das características do Ubuntu 8.04 é a de trazer instalado como padrão o pulseaudio. Para aqueles que não conhecem, pulseaudio é um servidor de áudio multiplataforma, que serve como uma espécie de proxy, permitindo a manipulação avançada do áudio em seu computador.

Em um sistema com pulseaudio instalado você pode controlar o volume individual de cada aplicação, pode mudar samples, fazer streaming pela rede e muito mais, completamente independente da aplicação de origem.

Infelizmente o pulseaudio no Ubuntu se mostrou por demais complicado, apresentando determinados problemas com algumas aplicações, mesmo com aquelas já preparadas para trabalhar com ele. Por mais de uma vez eu mesmo tive problemas ao abrir muitos programas que estivessem a executar um áudio simultaneamente ou mesmo abrir o totem seguidas vezes e o sistema acabar por ficar mudo, até o momento em que eu desse um killall pulseaudio.

Felizmente, apesar de vir instalado, o uso do pulseaudio é opcional. Você pode desabilitar o mesmo indo em Sistema, Preferências, Som, em seguida configurando a janela que é mostrada abaixo.



Caso você queira remover completamente o pulseaudio, você pode simplesmente remover os pacotes do sistema, via Synaptic, porém é por demais aconselhável que antes você leia as instruções no wiki do Uubuntu.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ubuntu 8.04: Instalando VirtualBox 1.6.2

Desenvolvido originalmente pela empresa alemã Innotek, o VirtualBox foi adquirido pela Sun Microsystems há alguns anos atrás, que manteve seu desenvolvimento. Em janeiro de 2007, seguindo a linha comercial adotada pela empresa, o VirtualBox teve parte de seu código fonte aberto e disponibilizado sob GPL v2, General Public License version 2. Desde então essa plataforma de emulação veio ganhando cada vez mais e mais espaço no mercado, estando entre os mais utilizados atualmente.

Como disse anteriormente, o VirtualBox teve apenas parte de seu código fonte aberto. Atualmente a Sun disponibiliza duas versões do software, uma fechada e outra OSE, ou Open Source Edition. A diferença entre ambas as versões podem ser vistas no wiki do virtualbox.

Todos os testes que eu fiz a seguir foram com a versão OSE do programa. Em primeiro lugar, fui ao site e fiz o download do dito cujo. Lá é possível encontrar os binários para várias distros, incluindo um pacote .deb para as últimas versões do Ubuntu. Pois bem, fiz o download do DEB e após meros 22 MB (menor que o VMWare) lá estava ele. Instalei com um simples dpkg porém antes precisei instalara libqt3.

Instalado, foi criado um ícone dentro do menu Aplicações, Ferramentas do Sistema, Sun XVM VirtualBox. Tentei rodar o mesmo, porém me foi mostrada uma mensagem de erro, pois somente usuários incluídos no grupo xboxusers possuem permissão para executar o software. Inclui então meu usuário nesse grupo e ai sim pude executa-lo.

A tela inicial do VirtualBox é bem agradável e intuitiva. Baseada em assistentes do tipo Next, Next, Finish, qualquer pessoa sem familiaridade com o programa, mas com algum conhecimento técnico, consegue se virar.

O primeiro passo é bem simples, basta você ir no menu Arquivo, Gerenciador de Discos Virtuais e criar um HD virtual, basicamente uma imagem onde ficarão salvos os arquivos de sua máquina virtual. Próximo passo é no menu Máquina, a opção Novo, que abrirá o assistente para criação de uma máquina virtual. Ambos os processos, como já mencionei anteriormente, são baseados no conceito de assistentes Next, Next, Finish.


Durante a criação da máquina virtual, é possível alterar diversas configurações para a mesma como placa de áudio, rede etc. Ao se tentar configurar qualquer dispositivo USB porém, uma mensagem de erro é exibida, informando que o nãoé possível ler o USB Host Service. Tal erro ocorre tanto em instalações feitas no Gutsy Gibon quanto no Hardy Heron, ou seja as versões 7.10 e 8.04. Procurando no Launchped encontrei tal problema registrado como bug 151585.


De maneira resuminda, tal problema ocorre devido a uma modificação na filosofia do sistema, que se refletiu em uma mudança feita nos scripts de inicialização, de modo que os aplicativos parassem de acessar o /proc/bus/usb para acessar diretamente o /deb/bus/usb.


Para se resolver esse problema, basta acessar abrir o arquivo (como root, é claro) /etc/init.d/mountdevsubfs.sh e procurar pelas seguintes linhas:

#mkdir -p /dev/bus/usb/.usbfs

#domount usbfs "" /dev/bus/usb/.usbfs -obusmode=0700,devmode=0600,listmode=0644

#ln -s .usbfs/devices /dev/bus/usb/devices

#mount --rbind /dev/bus/usb /proc/bus/usb

No Hardy Heron elas ocupam da linha 42 a 45 do arquivo. Encontrada as mesmas basta descomentar as mesmas de modo que fiquem assim:

mkdir -p /dev/bus/usb/.usbfs

domount usbfs "" /dev/bus/usb/.usbfs -obusmode=0700,devmode=0600,listmode=0644

ln -s .usbfs/devices /dev/bus/usb/devices

mount --rbind /dev/bus/usb /proc/bus/usb

Em seguida basta reiniciar o script com o comando:


sudo /etc/init.d/mountdevsubfs.sh start
Feito isso o seu /proc/bus/usb estará ativo e você conseguirá configurar os dispositivos usb dentro do virtualbox. Um pequeno detalhe, versão open-source do VirtualBox não possui suporte a dispositivos USB, apenas a versão fechada.

Ps.: Ao terminar de escrever este post, comentei com um amigo sobre o VirtualBox e eis que ele me indicou o blog do Hamacker. Visitei o site e encontrei por lá ótimos howtos sobre uso e instalação do VirtualBox. Por esse motivo, para os que desejarem conhecer vale a pena visitar.

I Ultra Maratona How To de Software Livre

Nos dias 19 e 20 de Julho ocorrerá no campus da UNIRIO um evento chamado I Ultra Maratona How To de Software Livre. Nesse evento serão ministrados 20 cursos com duração de 4 horas cada um, nas mais diversas áreas, indo de segurança, banco de dados, design etc etc. O preço é de R$ 60,00 por curso e a programação completa do evento pode ser conferida no sítio:

http://www.ultramaratonahowto.com.br/tutoriais.htm

Bond, Alta Disponibilidade de Rede no Ubuntu Server 7.10

Alta disponibilidade de rede é algo vital para qualquer servidor corporativo que se preze. Há algum tempo atrás tão assunto era visto às vezes como um tabu, devido a algumas complexidades quanto a sua instalação e configuração no Linux, porém hoje em dia o mesmo é visto como apenas mais um item a ser visto.

Apesar do Ubuntu não trazer nenhum assistente ou outra ferramenta gráfica para permitir tal serviço, a configuração é extremamente simples.

No exemplo, eu estou trabalhando comum servidor DELL PowerEdge 2950 com duas placas Broadcom Corporation NetXtreme II BCM5708 Gigabit Ethernet, vistas como eth0 e eth1. A distribuição é Ubuntu Server 7.10.

O primeiro passo é inserir o cd do Ubuntu 7.10 no driver de cd e executar o seguinte comando:

# aptitude install ifenslave-2.6
Feito isso é preciso editar o arquivo /etc/modprobe.d/arch/i386, inserindo as seguintes linhas:

alias bond0 bonding
options bond0 mode=6 miimon=100
Onde miimon vai ser o tempo em milisegundos, mode vai ser o modo em que será feito o bond, que pode ser:

Mode 0: balance-rr
Mode 1: failover
Mode 2: balance-xor
Mode 3: Link Aggregation
Mode 4: Transmit Load Balance
Mode 5: Load Balance

Ainda em options você pode inserir a opção primary=eth0 ou primary=eth1, de modo escolher qual interface será a primária, claro dependendo do modo escolhido.

Em seguida é preciso editar o arquivo /etc/network/interfaces, comentando todas as linhas com exceção das linhas:

auto lo eth0 eth1
iface lo inet loopback
Para em seguida, no mesmo arquivo, incluir:

auto bon0
iface bond0 inet static
address 10.1.162.6
netmask
255.255.240.0
gateway 10.1.160.1

up /sbin/ifenslave bond0 eth0 eth1
down /sbin/ifenslave -d bond0 eth0 eth1

Feito isso é preciso reiniciar o sistema para verificar se tudo como planejado.

Instalando o Dell OpenManage Server Administrator no Ubuntu Server 7.10

Um dos maiores problemas que resolvem fornecer suporte ao Linux é o de que eles esquecem que existem várias e várias distribuições do Linux disponíveis no mercado.

Um dos maiores problemas da DELL é que ela esquece que existem distribuições absurdamente mais populares do que o Red Hat Enterprise no mercado.

Precisei um dia desses monitorar o status de uma controladora PERC 5/i de um Power Edge 2950 com o Ubuntu Server 7.10 instalado. Fui até o site da DELL e, tcharam, somente pacotes para Red Hat. Ou melhor, antes fossem somente pacotes, eram arquivos bin, na verdade scripts com pacotes embutidos, que realizavam as modificações necessárias no RHES e em seguida instalava o software da DELL.

Como não pretendia troca de distro, resolvi caçar na net e eis que achei no entre listas e páginas de manual da DELL, uma menção a um sítio alternativo onde era possível baixar um pacote déb para o Debian Sarge.

Fui até o sítio, baixei o pacote e instalei no meu ubuntu server. Antes de realizar a instalação com sucesso, precisei ainda baixar os pacotes abaixo do Ubuntu Packages:

ipmitool_1.8.8-3.1_i386.deb
libncurses5_5.6+20070716-1ubuntu3_i386.deb
libopenipmi0_2.0.11-1_i386.deb
libsnmp10_5.3.1-6ubuntu2.1_i386.deb
libsnmp-base_5.3.1-6ubuntu2.1_all.deb
openipmi_2.0.11-1_i386.deb
libsensors3_2.10.4-1ubuntu1_i386.deb
libstdc++5_3.3.6-15ubuntu2_i386.deb

Caso o seu servidor possua acesso a internet não se preocupe, basta instalar os mesmos através do aptitude ou do apt-get. No meu caso, como meu servidor não possuía, precisei fazer o trabalho “manualmente”. Fora esses ainda foram necessários alguns outros inclusos no cd do Ubuntu Server, esses mesmo off-line você consegue instalar pelo aptitude.

Instalados os pacotes consegui instalar o Dell OM sem problemas!

Sítio i386: ftp://ftp.sara.nl/pub/sara-omsa/dists/dell/sara/binary-i386/
Sítio x64: ftp://ftp.sara.nl/pub/outgoing/dell/binary-amd64/

Ubuntu 8.04: Instalação ATI Radeon Xpress Series 200M e Broadcom BCM4318 [AirForce One 54g]

Em outubro de 2007 o Ubuntu passou a contar com uma nova ferramenta chamada gerenciador de drivers restritos, que indicava a presença de determinados componentes sem drivers opensource e ajudava a encontrar e instalar drivers restritos para o mesmo. O funcionamento era ótimo e não havia nada do que reclamar. Infelizmente com a versão 8.04 tal recurso se tornou um tanto que deficiente e passou a mostrar apenas aqueles drivers que já estivessem instalados no sistema e que não fossem open source.

Após a instalação da nova versão do ubuntu, minha "placa de vídeo", uma ATI Radeon Xpress Series 200M, aparentemente estava a funcionar porém seção de drivers restritos (drivers de hardware no 8.04) aparecia um driver para ATI GL Fire que estava ticado mas não estava sendo utilizado. Por mais que se marcasse ou desmarcasse o hardware, o mesmo não era ativado. Ou seja, a placa estava funcionando utilizando um driver genérico, portanto nada de efeitos 3D, nada compiz ou beryl.

A solução para o problema foi ir até o Synaptic e baixar o pacote xorg-driver-flglrx. Essa pacote possui pouco mais de 9 MB e contém os binários dos drivers para vários modelos da ATI.

Outro pacote interessante para ser instalado é o fglrx-control, que nada mais é do que um painel de controle da ati para configurações específicas da placa, como por exemplo, ajustes de cor, gerenciador de monitores (para placas com mais de uma saída de vídeo), configuração de anti-aliasing etc.



Essa painel será bem familiar para aqueles acostumados ao mundo Windows, porém caso você deseje instalar o mesmo será preciso tabém instalar o pacote da libqt3. Depois de instalado, ele poderá ser acessado através do menu aplicações, Outras, ATI Control Center.

Outro dispositivo
cuja instalação e reconhecimento deu algum trabalho foi minha placa de rede sem fio, uma Broadcom BCM4318 [AirForce One 54g], que no Ubuntu 7.10 aparecia dentro de Drivers Restritos e no 8.04 nada.

Para instalar esse hardware Precisei baixar o
b43-fwcutter, uma versão mais nova e por acaso muito melhor do velho bcm43 e que caso você tenha feito download do Ubuntu 8.04 em DVD já se encontra no disco. Ao instalar esse pacote, ele tenta se conectar a internet para baixar a firmware. Caso ocorra algum erro (ou caso você simplesmente não esteja conectado pelaa sua rede com fios) você pode baixar manualmente a firmware aqui e fazer a instalação manual através dos comandos:

tar xjf broadcom-wl-4.80.53.0.tar.b2

cd broadcom-wl-4.80.53.0/kmod

$ sudo -s

[sudo] password for user:

# b43-fwcutter -w /lib/firmware wl_apsta.o

Feito isso, bastará reiniciar o computar e a sua placa de rede sem fio estará funcionando com a devida indicação ativa.


Review: OpenSolaris 2008.05



Introdução

Durante muitos anos o nome Solaris esteve associado a grandes mainframes de uso empresarial. No final dos anos 90, a Sun, proprietária do sistema, o migrou para plataforma intel x86. Esse sem dúvida foi um primeiro grande passo para a disseminação do sistema. O segundo passo foi dado alguns anos atrás com a abertura do código sob a licença CDDL.

Poucos anos se passaram e algumas distribuições baseadas no sistema começaram a surgir, embora a maioria voltada para o mercado original do Solaris, o empresarial dos grandes servidores. Há pouco tempo, com Ian Murdock, fundador da distribuição Debian, na vice-presidência de desenvolvimento da Sun, as expectativas de openSolaris no mercado doméstico tão usável quanto um Debian começaram a crescer.

Sem dúvidas o desenvolvimento do projeto openSolaris anda em ritmo acelerado, principalmente devido ao apoio da sua mantenedora, a Sun. O último release foi lançado em maio deste ano e é em cima dele que estarei fazendo esta resenha.

Os Testes

A instalação do openSolaris 2008.05 ocupa um único cd de 700MB, que pode ser pedido ou mesmo baixado do site do projeto. Pessoalmente optei por fazer o download e o gravei em uma mídia. Bootei por este e logo notei uma diferença na tela do do GNU Grub, que diferente do release anterior, apresenta um wallpaper personalizado com opções de boot em modo gráfico e texto. Há também uma opção para se bootar pelo HD, muito útil para o caso de se ligar o computador com o cd acidentalmente dentro do drive.

Após a escolha pelo modo de inicialização desejado, uma tela de loading, com um 'barra de progresso' é mostrada ao usuário. Para os acostumados a ler item por item do desenrolar do processo de inicialização, essa tela pode ser um tanto agonizante. Após alguns instantes, um assistente em modo texto é mostrado na tela para seleção do layout de teclado foi apresentado. Para a minha surpresa, a opção pt-BR estava disponível e funcional.

Escolhido o teclado, os dizeres 'opensolaris console login' apareceram na tela. Em um primeiro momento fiquei sem entender, pois a escolha fora por um boot gráfico, onde se suponha haja um login gráfico. Além isso não havia qualquer menção a um usuário ou senha inicial para o sistema. Enfim, após algum tempo digitando inutilmente, visto que nenhum caracter era mostrado na tela, o próprio sistema continuou a carregar sozinho e a iniciar o X.

Em uma experiência posterior eu pude verificar que essa se trata de uma mensagem padrão e que, diferente da minha impressão inicial, o sistema não aguarda qualquer entrada do usuário. Seu tempo nessa tela depende unicamente do tempo de acesso ao cd. Caso a opção tenha sido pelo boot em modo texto, ai sim o sistema ficará aguardando a entrada de um nome de usuário e de uma senha. Procurei no Getting Started With OpenSolaris 2008.05 e não encontrei qualquer referência ao qual usuário e senha utilizar nesse ponto.

Conforme o X vai sendo carregado, nós vamos percebendo a grande quantidade de softwares abertos de 'mercado' - ou seja, aqueles que podem ser encontrados em outrascplataformas- disponíveis no openSolaris. A começar com o próprio Xorg rodando em conjunto com Gnome e sua suite de aplicativos, incluindo alguns outros programas como o popular firefox. Mesmo programas básicos do sistemas, como tail, cat, cp, são GNU, com exceção de alguns poucos, como o fdisk, que são nativos da própria Sun.

Esse ambiente disponível via livecd por si só é um grande avanço dessa versão 2008.05, visto que na versão 2008.1, o modo gráfico servia unicamente para rodar o instalador do Solaris, que aqui aparece acessível como um ícone no desktop.

Outro software bem interessante que se encontra disponível é o 'Device Driver Utility', que faz um scan completo do harware onde o livecd esteja sendo executado e identifica dentre todos os itens quais o solaris possui um driver padrão para instalação os que não possuem. Ele aparenta com o “gerenciador de drivers restritos” do Ubuntu, com a diferença de mostrar todos os itens de hardware disponíveis.

Cheguei a testar o Solaris em duas máquinas bem distintas. A primeira foi um notebook HP modelo pavillion zv6000 e a segunda um servidor Dell modelo PowerEdge 2950. Ambas as máquinas aparecem no HCL, Hardware Compatibility List – site mantido pela sun para divulgação de compatibilidade do openSolaris com máquinas disponíveis no mercado, como tendo a compatibilidade atestada por usuários. Isso significa que nenhum fabricante se responsabiliza pelo funcionamento ou não do openSolaris nessas máquinas, mas que certos usuários já instalaram e usam tal sistema nelas.

Verificando o Device Driver em ambas as máquinas, notei que a diferença de itens não reconhecidos de uma para outra foi gritante: 4 itens no pavillion (ACPI controller, Broadcom Wireless bcm4138 e outros dois que não me recordo) contra apenas 1 do servidor PowerEdge (PERC 5/i).

No caso dos drivers não reconhecidos do notebook, nenhum dos mesmos era crítico para a minha instalação de teste. Talvez a placa de rede sem fio. Procurando na internet achei que é possível compilar o ndiswrapper para Solaris e utilizar o driver nativo do Windows nele. Baixei o código fonte, porém o Solaris não trás em seu cd de instalação qualquer compilador de C. Como não possuía outro modo de acesso a internet e como não havia encontrado pacotes pré-compilados na internet, nem do compilador nem do ndiswrapper, acabei desistindo da placa e continuei a instalação assim mesmo.

No caso do PowerEdge, o não reconhecimento da PERC 5/I era crítico, pois significava o não reconhecimento dos discos. Procurei na internet e no próprio HCL encontrei o link para o site da LSI onde se encontrava o driver. Baixei o mesmo e levei até o servidor. Executei o script, porém a instalação não se completava. Tentei fazer a instalação através do Device Driver, porém este somente aceita fazer a instalação de drivers pela internet. Mais uma vez cai no problema de não possui outro método de acesso a internet sem ser o wireless e esse servidor não possui placa de rede sem fio.

Um detalhe é que o Solaris não possui o comando sudo. O live cd por padrão loga como usuário Jack (Lost? Sparrow?), que é limitado. A opção do comando su root existe, porém no manual não é fornecida nenhuma senha nem para o usuário nem para outro. A solução é usar o comando pfexec sh, que possui uma função semelhante ao sudo –s do Linux.

Partindo para instalação, no notebook, ao clicar no ícone é aberto um software no estilo assistente, com uma primeira tela de boas vindas e uma segunda com um software de particionamento. Logo de cara o meu HD já foi mostrado com três partições existentes e um grande espaço vazio, ou seja, da maneira como ele estava. Estranhei o fato das mesmas estranhei o fato de estarem fora de ordem, mas prossegui.

Tentei então criar uma partição Solaris para a instalação. Acho que se trata de algum bug dessa versão, pois ao clicar no botão para aceitar e avançar que o programa retornava o tamanho da partição para 0,1GB ao mesmo tempo em que mostrava uma mensagem de erro sobre tamanho insuficiente na partição.

Foram várias tentativas em busca de onde pderia estar o erro e todas sem sucesso, por fim acabei optando por utilizar uma das o partições ext3 que eu já possuía, e sabia estar vazia, para instalar o sistema. Claro, mesmo essa partição eu tive de mudar o seu formato para Solaris e mandar formatar a mesma. A questão é que , bastou selecionar a partição para que o programa de instalação continuasse.

Além desse problema que já comentei, outro detalhe que eu não gostei em nada desse particionador foi o fato de que o mesmo somente mostre 4 partições do HD ou 3 partições e o espaço vazio. Provavelmente isso decorra do fato do Solaris somente aceitar ser instalado em uma partição primária, porém eu acredito que qualquer administrador de sistemas fique mais tranqüilo visualizando todas as suas partições, mesmo aquelas que ele não vá utilizar.

As telas seguintes foram simples escolhas de timezone, idioma e senha. Feitos esses passos, o sistema passou a ser instalado. O tempo total foi de mais ou menos 30 minutos, o mesmo tempo que eu levo para instalar um sistema Linux. Ao final o sistema pede uma senha para o root e além de um nome de usuário e senha para uma segunda conta. Aqui eu encontrei outro bug, pois o sistema permite você não inserir nenhuma senha para o root e não criar a segunda conta, o único aviso que vem a tela é relativo a segurança do sistema e nada mais. O problema é que caso você conclua a instalação dessa maneira e reinicialize a sua máquina, ao iniciar o Solaris, já no HD, você não conseguirá logar como root, pois o sistema não permite login de contas de administrador sem senha e não terá outra conta para logar.

Conclusões

Assumir que se possui experiência no Solaria por se conhecer Linux é uma ignorância tão grande quanto presumir que se possui fluência no espanhol por se saber falar português. Ambos possuem características e inclusive aplicativos semelhantes, porém suas filosofias de trabalho, administração e desenvolvimento são outras.

Embora sua base de usuários lhe permita alguma confiabilidade no meio dos grandes servidores, o Solaris ainda engatinha no mundo dos desktops. Uma coisa a se questionar talvez seja até é saudável a coexistência de aplicações nos sistemas Solaris, Linux e BSD. Seria mais interessante que cada um desenvolvesse suas próprias soluções? Ou não? A questão é que independente disso o Solaris trás como bagagem todo o mérito de sua mantenedora oficial. Fora isso dois recentes prêmios infoworld servem para mostrar que suas inovações e méritos independem dos elementos comuns a outros sistemas.

Pessoalmente ainda não encontrei grandes motivos para abandonar meu pingüim e investir no Solaris, porém esse é um sistema que, acredito eu, deva aumentar bastante sua base de usuários nos próximos anos e deva nos apresentar gratas surpresas.